quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Brinquedos Soviéticos"

Este filme de animação  é da autoria de um grande cineasta russo, Dziga Vertov. Mas não é sobre autor que  irei escrever, mas sim dar a conhecer este excelente filme que ainda hoje se mantém atual. Produzido em 1924, "Brinquedos Soviéticos" também se poderia intitular de "Bonecos Portugueses", "Gregos", "Espanhóis" e por aí fora.

E como hoje é dia de Greve Geral, pareceu-me ser interessante dar a conhecer esta animação. Talvez consigam descortinar alguma personagem geradora da crise por que estamos a passar. A ter em conta o  diferente contexto e época.




terça-feira, 15 de novembro de 2011

o Cais Palafítico da Carrasqueira

O estuário do rio Sado, sempre foi aos longos dos séculos de uma grande riqueza, atraindo o homem a estas paragens. Exemplo disso, são os vestígios da presença romana como o demonstra o centro de produção de salga de peixe, bem como o garum (produto preparado à base de restos de peixe e de marisco) na estação arqueológica de Tróia; o fabrico de ânforas para acondicionar estes produtos, depois exportados para o vasto império romano, pode ser comprovado nos fornos de Abul.


Ponto de visita obrigatório é o Cais palafitico da Carrasqueira. Obra extraordinária da arquitectura popular é construído em estacas e passadiços de madeira entrando rio Sado adentro. É impressionante a rede de estacaria que se estende centenas de metros pelo lodo do estuário do rio. Construído nas décadas de 50 e 60 do século passado, foi a forma encontrada pelos pescadores da comunidade da aldeia ribeirinha da Carrasqueira, permitindo assim o acesso às embarcações durante a baixa-mar. Ao longo dos diversos passadiços, podem-se observar pequenas casas construídas em madeira que servem de arrecadações.


Hoje, para além de cumprir a sua função, é um lugar de atracção turística e um dos locais mais visitados do concelho de Alcácer do Sal.


pedro santairia

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Passeando por Lisboa

pedro santairia

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turista anónimo

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Olhar a nossa cidade de Lisboa de uma outra maneira, através da sua história, das suas gentes , do seu património edificado, conhecer "outra" cidade, foi o que levou um grupo de amigos e companheiros de trabalho a fazer uma visita a Lisboa. Foi um passeio pedonal, que partindo do Cais do Sodré, passando pela Rua do Arsenal, Praça do Comércio, dando uma volta por Alfama e pela Feira da Ladra, terminou na Igreja de Santa Engrácia (Panteão Nacional).

O seu final feliz, para gáudio dos mais novos, incluiu um belo passeio no "amarelo" eléctrico 28.

Neste passeio pudemos comparar a Lisboa de várias épocas através de gravuras e fotos da época, o que nos permitiu "ver" a forma como, ao longo dos anos, a cidade se foi construindo e reconstruindo.

Linda Lisboa.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Morte saiu à rua

(Em memória
de José Caravela e António Maria Casquinha,
mortos em Montemor-o-Novo pela Guarda)

Aqui
     
       nesta planície de sol suado
      dois homens desafiaram a morte, cara a cara,
      em defesa do seu gado
      de cornos e tetas.


Aqui

      onde agora vejo crescer uma seara
      de espigas pretas.

Quando os dois camponeses desceram às covas,
ante os punhos cerrados de todos nós,
chorei!

Sim, chorei
sentindo nos olhos a voz
do que há de mais profundo
nas raizes dos homens e das flores
a correrem-me em lágrimas na face.

Chorei pelos mortos e pelos matadores
- almas de frio fundo.

Digam-me lá:
para que serviria ser poeta
se não chorasse
publicamente diante do mundo?

                                                       José Gomes Ferreira



A morte saiu à rua em 27 de Setembro de 1979. A morte entrou pelos campos de Montemor-o-Novo. José Geraldo (Caravela) e António Maria Casquinha foram assassinados a tiro, procurando impedir que os agrários, apoiados pelo governo e pela GNR, roubassem uma manada de bovinos.

Até hoje, ninguém foi julgado por estes hediondos crimes.

Caravela e Casquinha morreram porque acreditavam no futuro, na Reforma Agrária.

Lutaram para que o seu Alentejo não fosse terra de horizontes fechados.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

NÃO HÁ FESTA COMO ESTA!

Pois é!
por muito que se omita, que se minta, não há Festa como esta. É a Festa do Avante!

Festa de encontros e reecontros de velhos e novos amigos.

Aqui encontramos cultura, ciência, boa gastronomia, excelente música, o teatro, as artes plásticas, a par com a solidariedade internacional e a amizade entre os povos.

Entrei na Atalaia por volta das 21,00H de sexta feira, já um pouco tarde, é verdade. E como a fome apertava, lá fui ao Pavilhão de Viseu. A vitela arouquesa estava muito boa, bem como o tinto de Penalva do Castelo. Degustei um pouco apressadamente, pois estava a começar a grande Gala de Ópera.
Este espetáculo ofereceu-nos uma combinação entre a ópera, canções populares e peças sinfónicas, umas mais conhecidas outras nem tanto.
Senti-me tocado pela emoção. Num momento orquestral da conhecida ópera Cavalaria Rusticana "Intermezzo", um dos mais emocionantes instrumentais da história da ópera. Para quem viu o filme "O Padrinho" recordar-se-á.

Um dos momentos mais emocionantes para mim: O Hino à Juventude de Joly Braga Santos. Lindo, muito lindo! Pergunto: porque desconhecemos os compositores portugueses? Aguardo respostas.



fotos pedro santairia

sábado, 20 de agosto de 2011

MAUTHAUSEN

Foi um campo de concentração construído pelos nazis, perto da cidade de Linz, na Alta Áustria. Mauthausen começou a funcionar em Agosto de 1938, há precisamente 73 anos, poucos meses depois do “Anschluss” (anexação da Áustria pela Alemanha nazi). Recebeu milhares de prisioneiros, oriundos das mais diversas nacionalidades, entre eles, espanhóis republicanos enviados por Franco, franceses, holandeses, belgas, checos, soviéticos, italianos, gregos, judeus. Assassinados!
Nos campos em seu redor, ergue-se um enorme silêncio, silêncio de morte, terror, medo e humilhação. Mas também de respeito por todos aqueles que sofreram todo o tipo de atrocidades neste campo de morte lenta.

Não se pode ficar indiferente.

Em sua memória
















fotos: pedro santairia

A indiferença

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

Bertolt Brecht